A Fernanda Gomes é empresária e publicitária em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, e atua no campo da cultura organizacional, criando experiências de aprendizado para pessoas e para outros negócios. Há pouco tempo, ela utilizou a Planejadora Sebrae, ferramenta que apoia os empreendedores na gestão financeira e obtenção de crédito, para ter uma melhor organização financeira do seu pequeno negócio e ter ideias para trabalhar com as empresas para quem fornece serviços. A plataforma foi aprovada pela publicitária.
“Acho que a melhor experiência na plataforma é a organização dos planejamentos. Ali tem um exercício de buscar informações que às vezes a gente não tem clareza, como sobre lucro, investimento, as taxas, para depois ver o resultado e fazer isso por objetivos. Na hora de pedir empréstimo, às vezes surge essa dúvida: para quê? E ali colocando o projeto direcionado faz mais sentido”, destacou Fernanda Gomes.
Infelizmente o brasileiro empreende só com intuição, com poucos dados e menos análise. A plataforma exige essas perguntas, esses questionamentos para chegar no cálculo final. Isso é muito bom.
Fernanda Gomes, empreendedora.
Assim como a publicitária, por meio da Planejadora Sebrae, os microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) têm a possibilidade de analisar os indicadores financeiros antes de acessar o crédito. A ferramenta foi desenvolvida com base em três pilares estratégicos: simplicidade e autonomia; planejamento com função central; e crédito consciente.
Acesse a Planejadora Sebrae
Além disso, a Planejadora Sebrae facilita a elaboração de planejamentos financeiros detalhados, permitindo uma visão clara do impacto das decisões tomadas e ajuda os empreendedores a avaliar a real necessidade de crédito e a capacidade de pagamento, evitando endividamentos prejudiciais. Funcionalidades como simulação de projetos financeiros, projeções de fluxo de caixa e análises de necessidade de capital de giro também estão disponíveis. A ferramenta integra as ações do Sebrae ligadas ao Programa Acredita, do governo federal.
“Estabelecer uma rotina de gestão baseada em planejamento assegura aos donos e donas de pequenos negócios mais segurança na tomada de decisão e maior garantia de saber se está no caminho certo para atingir as metas e resultados estabelecidos. Especialmente quando tratamos do universo financeiro da empresa. Sem planejamento é mais fácil cometer erros, como comprometer capital em produtos estocados por conta de uma saída de produtos lenta, por exemplo”, defende o coordenador de Orientação e Educação Financeira do Sebrae Nacional, Augusto Togni.
Planejar ajuda a compreender onde estão os potenciais gargalos, como tomar medidas de gestão mais assertivas e, principalmente, estabelecer objetivos claros que ajudarão a empresa a se manter sustentável e competitiva.
Augusto Togni, coordenador de Orientação e Educação Financeira do Sebrae Nacional.
De acordo com Togni, a Planejadora Sebrae é uma ferramenta que apoia o empresário a ter um raio-x da situação financeira empresarial e permite o acompanhamento de vários indicadores relevantes. “Esse processo, se incorporado como tarefa rotineira, com atualização das informações de forma periódica, permitirá constatar se o negócio está evoluindo em busca das metas estabelecidas ou se há necessidade de tomar outras medidas de gestão”, apontou.
A iniciativa permite ainda que o usuário crie estratégias que possam mudar a política de pagamentos de fornecedores e de recebimentos de clientes, por exemplo, e constatar que impactos essas variáveis ocasionarão na saúde financeira.
Por fim, o coordenador de Orientação e Educação Financeira do Sebrae Nacional sugere duas mudanças de hábitos na condução do pequeno negócio: ter consciência de que planejar ajuda a reduzir as incertezas e inseguranças; e adotar a cultura de revisitar o planejamento de forma periódica e analisar cenários futuros.
“Desenvolver novas competências e características empreendedoras são relevantes para garantir o sucesso empresarial. Portanto, persistência e resiliência, comprometimento, correr riscos calculados, busca por informação, dentre outros são comportamentos empreendedores que ajudarão aos empresários a superarem barreiras rotineiras de quem toca um negócio”, concluiu.